“O mundo conta com a produção de alimentos do Brasil”, diz Grazielle Parenti

São Paulo, 03 de agosto de 2020 – A presidente do Conselho Diretor da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), Grazielle Parenti, participou do Congresso Brasileiro do Agronegócio promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), em formato 100% digital.

Grazielle foi uma das participantes do painel “O agro brasileiro e a Crise Global”, que contou também com a presença de Paulo Sousa, presidente da Cargill no Brasil, e Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras). O painel foi moderado pelo jornalista William Waack.

Waack começou o debate perguntando sobre como o consumidor tem enxergado as relações das empresas com o tema da sustentabilidade e a preservação do meio ambiente. Na resposta, Grazielle destacou que a indústria de alimentos no Brasil tem a responsabilidade de buscar essa conversa não só com os consumidores, mas também com os investidores, que cada vez mais exigem políticas transparentes de sustentabilidade.

“Os consumidores querem saber o que as empresas estão fazendo para a proteção do meio ambiente e a nossa reputação está ligada a isso, não só com os consumidores e opinião pública, mas com os investidores também. Nossos produtos estão em mais de 180 países, não é só o brasileiro que conta com a agroindústria, mas o mundo conta com a produção de alimentos do Brasil”, disse a executiva.

Sousa, da Cargill, falou sobre as diferentes exigências entre os consumidores europeus e norte-americanos e os consumidores brasileiros. Para ele, o tema sustentabilidade está mais disseminado nos países desenvolvidos e o consumidor desses países está disposto a pagar por produtos mais caros, desde que tenha uma política sustentável em sua cadeia produtiva.

“Recentemente a Europa impôs regras agressivas de redução de emissão de carbono. Quando o consumidor europeu percebe que essas regras não são as mesmas em outros países, isso passa a incomodar. Por isso, as nações da União Europeia estão começando a exigir do Brasil as mesmas regras de preservação ambiental e redução do carbono”, explicou o presidente da Cargill. E completou: “E temos que fazer assim para todos os mercados”.

Para Freitas, a sociedade em geral desejava fortemente alguma mudança. Esse processo já estava em curso com a globalização e a evolução da comunicação por meio da tecnologia, mas a pandemia acelerou essa transformação.

“Chega de culpar o passado dos outros países, temos que olhar o que o consumidor quer, o que o cliente quer. Trabalhar para atender o que a humanidade está buscando. É por meio do consumidor que vamos atender o produtor, que é um produtor de alimentos e tem que produzir comida para uma humanidade que está pensando diferente”, concluiu o presidente do Sistema OCB.

 

Créditos: ABIA – https://www.abia.org.br/noticias/o-mundo-conta-com-a-producao-de-alimentos-do-brasil-diz-grazielle-parenti

Indústria de alimentos cresce 0,8% em faturamento no primeiro semestre de 2020

A indústria brasileira de alimentos e bebidas registrou crescimento de 0,8% em faturamento e 2,7% em produção física no primeiro semestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com a pesquisa conjuntural da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA).

Entre os fatores que contribuíram para este resultado no período, destacam-se a expansão das exportações e o desempenho do varejo alimentar no mercado interno. O aumento do consumo das famílias dentro dos domicílios foi um dos efeitos da pandemia do novo coronavírus que contribuíram para um melhor desempenho do varejo em comparação com o 1º semestre de 2019. Em contrapartida, o canal Food Service registrou queda de 29,5% nas vendas.

Os setores que mais se destacaram no período em volume de produção, considerando o mercado interno e as exportações, foram: açúcar (+22,6%), óleos vegetais (+3,9%) e carnes (+1,9%).

O setor registrou ainda um aumento de 0,6% nas contratações diretas e formais, gerando 10,3 mil vagas no período. Esse aumento está associado à expansão da produção e à necessidade de contratação para compensar o afastamento temporário de colaboradores pertencentes a grupos de risco para a Covid-19.

É importante destacar, porém, que não se trata de um crescimento sem desafios. Vários fatores adversos se impuseram e tiveram de ser enfrentados. A estimativa da ABIA é de um custo médio adicional de produção de 4,8% devido à Covid-19. Isso tem sido um desafio adicional para as empresas do setor, face ao contexto atual das economias brasileira e mundial. Como o custo de produção industrial representa em média 58% do custo total do setor, um incremento de 4,8% neste item representa um impacto no custo total da indústria de alimentos entre 2% e 2,5%.

Apesar desse impacto na cadeia produtiva, o setor gerou empregos e manteve o abastecimento funcionando no Brasil e no mercado internacional.

“Embora a indústria de alimentos esteja enfrentando os impactos da pandemia, a produção e o abastecimento da população não foram interrompidos, não só pelo fato de se tratar de uma atividade essencial, como também pelas iniciativas tomadas pelo setor, promovendo o monitoramento e o controle dos estoques no varejo e investindo em estruturas de proteção e segurança dos colaboradores nas fábricas e escritórios, entre outras. Nosso foco agora é manter o ritmo e trabalhar para colaborar ainda mais com a retomada econômica do País, gerar mais empregos e continuar levando alimento para a mesa dos brasileiros, além de manter nossa posição de um dos maiores produtores de alimentos do planeta, contribuindo para a segurança alimentar em mais de 180 países”, declara João Dornellas, presidente executivo da ABIA.

 

Exportações

No primeiro semestre de 2020, as exportações de alimentos industrializados totalizaram US$ 17,6 bilhões, o que representa um crescimento de 12,8% em relação ao valor verificado no primeiro semestre do ano anterior, atendendo a demanda de mais de 180 países.

Os produtos de maior destaque nas vendas em dólares foram as carnes (+11,9%); óleos e gorduras (+30%); e açúcares (+48%).

Ásia, Europa e Países Árabes foram os principais destinos, com destaque para a China. No primeiro semestre de 2020, a receita de vendas de alimentos industrializados para a China totalizou US$ 3,5 bilhões, um crescimento de 95,6% – praticamente o dobro do volume registrado no primeiro semestre de 2019 – com maior concentração nas carnes.

Além da China, os países que mais importaram do Brasil foram Hong Kong e Holanda. No semestre, a indústria de alimentos e bebidas obteve um saldo comercial positivo em US$ 15,3 bilhões, 15,9% superior ao desempenho do 1º semestre de 2019. A contribuição do setor para o saldo geral da balança comercial brasileira alcançou o patamar recorde de 68,2% do total.

“O Brasil é percebido, cada vez mais, como um parceiro confiável e relevante para garantir a segurança alimentar, papel que ganhou ainda mais destaque diante dos desafios da pandemia. Quando muitos países reduziram as suas exportações, o Brasil continuou fornecendo alimentos para o mundo. O País pode vir a expandir seu portfólio de produtos exportados em mercados potenciais como a China, Índia e países do Norte da África”, afirma Grazielle Parenti, presidente do Conselho Diretor da ABIA.

Food Service

De acordo com levantamento da ABIA, as vendas acumuladas do Food Service (restaurantes, bares, lanchonetes, serviços de alimentação nos hotéis, navios e aviões e lojas de conveniência) apontam para uma redução de 29,5% no 1º semestre de 2020 em comparação com o mesmo período do ano passado, registrando um faturamento de R$ 64,5 bilhões. No 1º semestre de 2019, foram registrados R$ 91,4 bilhões de faturamento.

 

INICIATIVAS DO SETOR FRENTE À COVID-19

Essencialidade

Uma das demandas centrais para assegurar o funcionamento da cadeia de produção de alimentos no Brasil, apoiadas pela ABIA, foi o reconhecimento da condição de “essencialidade” logo no início da pandemia no Brasil, por meio do Decreto 10.282, de 20 de março de 2020. A medida envolveu toda a cadeia desde a produção agropecuária até a indústria de alimentos, logística e distribuição, incluindo as atividades de transporte e fornecimento de insumos e produção.

 

Comitê de Acompanhamento do Abastecimento

Outra iniciativa liderada pela ABIA em conjunto com a ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados) e com a APAS (Associação Paulista de Supermercados) foi a criação do Comitê de Acompanhamento do Abastecimento de alimentos e bebidas de Norte a Sul do País, para acompanhar diariamente a situação do abastecimento de alimentos no varejo. Posteriormente, a ABIA convidou outras importantes associações setoriais para trabalhar em conjunto nesse desafio.

Segurança dos colaboradores

Com o advento da pandemia, a indústria de alimentos que, por razões relacionadas à própria atividade, já cumpre rigorosas regras de segurança estabelecidas pelas legislações trabalhistas e de saúde, estabeleceu protocolos extras para garantir a segurança e a proteção dos colaboradores que tiveram que continuar trabalhando para abastecer a população. Além disso, para orientar o setor, a ABIA organizou e disponibilizou a todas as indústrias de alimentos um Guia de Boas Práticas reforçando as diretrizes de segurança no enfrentamento à Covid-19, bem como detalhando e esclarecendo os procedimentos de prevenção a serem aplicados dentro e fora das fábricas.

Doações

Além disso, a indústria alimentícia reforçou suas ações de responsabilidade social, apoiando a sociedade no enfrentamento ao novo coronavírus. De acordo com levantamento da ABIA, as indústrias associadas doaram mais de 2,7 mil toneladas de alimentos e bebidas, além de recursos financeiros para compras de equipamentos hospitalares, investimento em pesquisas e aquisição de testes rápidos para Covid-19. As doações foram distribuídas entre instituições beneficentes, hospitais e unidades de saúde, profissionais autônomos, associações de comunidades, lares de idosos, governos estaduais e prefeituras. O setor também doou cerca de 4 milhões de máscaras de proteção, além de produtos de higiene e limpeza.

Nesse contexto, a ABIA também trabalhou pela aprovação do PL 14.016/2020, sancionado em junho e que autoriza a doação de alimentos e refeições não comercializados por parte de indústrias, supermercados, restaurantes e outros estabelecimentos.

Protocolo sanitário de retorno ao trabalho

Em julho, a ABIA assinou termo de adesão ao protocolo sanitário da Prefeitura de São Paulo para o retorno do trabalho presencial nos escritórios. As medidas de segurança preveem regras para distanciamento social, higiene e sanitização do espaço físico, orientações para comunicação aos colaboradores, políticas de testagem e horários alternativos para atendimento ao público e volta seletiva ao trabalho.

PERSPECTIVAS

De uma forma geral, a pandemia alterou o comportamento e o estilo de vida das pessoas, influenciando os critérios de escolha dos alimentos, a ocasião e o local de consumo. Devido ao confinamento imposto pela quarentena, as refeições preparadas nos domicílios ganharam mais importância, resultando no aumento das vendas no varejo e do canal de delivery.

Tais mudanças podem trazer uma maior valorização da ciência que existe por trás do produto alimentício. Atributos que valorizem ainda mais a segurança alimentar, as boas práticas de produção e as questões sanitárias ganharão mais relevância e prioridade.

Em um cenário pós-pandemia, a indústria de alimentos e bebidas pode expandir rapidamente seus volumes para abastecer os negócios que vão reabrir ou já estão em processo de reabertura. Nas exportações, a tendência é de manutenção das vendas no ritmo atual, tendo como principal parceiro comercial a China. Diante desse cenário, a perspectiva para o fechamento de 2020 da indústria de alimentos e bebidas, considerando a projeção de retração do PIB entre -6% e -5% (), é de um crescimento de até 1% nas vendas reais e de até 11% nas exportações.

 

Créditos: Notícias Agrícolas – https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/politica-agricola/265890-industria-de-alimentos-cresce-08-em-faturamento-no-primeiro-semestre-de-2020.html#.X3u1TtJKjZ4

A importância da segurança dos alimentos em tempo de Covid-19

Tendo presente o surto pandémico de que fomos, e ainda estamos a ser alvo, com impacto generalizado nas diferentes geografias a nível mundial, importa dar nota que, pese embora o novo coronavírus não ser transmissível pelos alimentos, o mesmo deve convocar um particular e redobrado cuidado nas nossas rotinas. Exige-se, por isso, um especial reforço das medidas de higiene e limpeza, mitigando os riscos de eventual concentração de vírus e, dessa forma, diminuir a probabilidade de contaminação.

A produção científica nestes últimos meses sobre os coronavírus tem sido extraordinária e, de acordo com o Conselho Científico da ASAE, em nota emitida “Pode o novo tipo de coronavírus ser transmissível através da comida?” (ASAE, 2020), aquando da declaração do Estado Nacional de Emergência, a mesma veio vaticinar que “não existe evidência de qualquer tipo de contaminação através da ingestão de comida cozinhada ou crua”.

Contudo, tal nota chama a atenção de que o que está comprovado é a eficiência dos procedimentos de limpeza e higienização das superfícies e dos manipuladores para a redução das concentrações das populações de vírus, mitigando-se assim os factores de viabilidade de contaminação, em linha com o parecer da Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) que, até à presente data, não identificou ou autorizou qualquer alegação de saúde a um alimento ou componente que seja considerado adequado para prevenção deste vírus (EFSA, 2020).

Na presente data (13 de julho de 2020), com base no WORLDometerCOVID19, o mundo regista já 13 049 461 casos confirmados de Covid-19, registando 571 812 mortos e 7 592 333 recuperados, com uma média de cerca de 209 110 novos casos diários. Os EUA lideram o número de casos registados, com mais de 3,4 milhões, seguidos pelo Brasil com mais de 1,8 milhões de casos e maior número de mortes diárias. Em Portugal, registam-se já mais de 46 000 casos confirmados e 1 606 óbitos.

A preocupação sobre o coronavírus (SARS-CoV-2) e a doença respiratória a ela atribuída (Covid-19) foi subindo de tom e veio a revelar a necessidade da declaração de surto pandémico de expressão mundial pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Importa a este propósito voltar ao Conselho Científico da ASAE e salientar os aspetos vertidos em tal nota supracitada, e em particular os que se referem à probabilidade da transmissão do vírus através da comida e o que devemos fazer para prevenir a contaminação.

Assim, no que concerne à preparação, confecção e consumo de alimentos destaca-se a importância do reforço de boas práticas de higiene que já antes da pandemia eram recomendadas. Neste sentido, o rigoroso cumprimento dos programas de pré-requisitos e de HACCP estão cada vez mais na ordem do dia e tornam-se verdadeiramente mandatórios.

Igualmente oportuno é referir o documento que a Comissão Europeia (CE), através da DG-SANTE elaborou com o contributo dos Estados-Membros – Covid- 19 and Food Safety: Questions&Answers – e que, de forma muito clara, dá respostas e recomendações quanto a questões relativas ao vírus e como se este relaciona com os alimentos quer ao nível da produção, quer nos estabelecimentos comerciais ou em casa dos consumidores (Comissão Europeia, 2020).

Incidentes ou eventos que possam a escalar a crise põem em evidência as vulnerabilidades de qualquer sistema que se quer robusto e resiliente para assegurar a confiança e a restauração do ponto inicial. No caso concreto, alude-se a sistemas de segurança alimentar que dêem a garantia de alimentos seguros e disponíveis a quem deles necessita.

A crise do coronavírus sublinhou a importância de um sistema alimentar que consolide a capacidade dos Estados-Membros na gestão e comunicação destes eventos – quer através do reforço dos instrumentos de internacionalização que incrementa a eficiência técnico-científica e laboratorial nos domínios da avaliação dos riscos, assim como, do uso de tecnologias de informação e comunicação que melhorem uma eficaz comunicação dos riscos na cadeia alimentar. E por fim, mas não menos importante, especial qualificação da actuação inspectiva nos domínios do agro-alimentar seja na vertente espacial tradicional seja no domínio do digital e na acção nas novas plataformas de e-commerce.

A título de exemplo, o recente alerta efectuado pela ASAE de existirem no mercado alguns operadores que têm aproveitado a crise pandémica para vender alimentos, onde se incluem suplementos alimentares, atribuindo-lhes falsas propriedades profilácticas, curativas, protectoras, do sistema imunológico e antivírus contra a infecção provocada pelo novo coronavírus.

 

Créditos: Agronegocios.eu – http://www.agronegocios.eu/noticias/a-importancia-da-seguranca-dos-alimentos-em-tempo-de-covid-19/

Polímeros na área da saúde: como o material impacta o setor

Os polímeros são materiais muito versáteis. Diante de suas propriedades, o uso de polímeros na área da saúde é enorme. Sua utilização ficou ainda mais evidente durante a pandemia da COVID-19, pois integraram ações fundamentais de combate à doença. Dentro deste contexto, explicamos um pouco sobre o impacto dos polímeros na área da saúde e as possibilidades abertas para o setor.

O impacto dos polímeros na área da saúde

Os polímeros na área da saúde cumprem um papel fundamental para a qualidade de vida de pacientes e da equipe de profissionais – e tamanha importância demanda um controle de qualidade especial. É desejável que os fornecedores dos materiais na área da saúde sejam certificados por agências de renome internacional.

Boa parte das inovações do setor se relaciona a materiais de alta qualidade, como é o caso dos plásticos. Isso vale especialmente para os polímeros, que têm uma ampla gama de aplicações. Cada tipo de polímero se destina a algo específico. Há aplicações que exigem facilidade de conformação e alta resistência, enquanto outras precisam de material transparente.

Para compreender melhor o impacto dos polímeros na área da saúde, pegamos como exemplo a crise pandêmica pela qual passamos.

A crise pandêmica e o estímulo às práticas de economia circular

Harrison Corrêa, Professor da Universidade Federal do Paraná, e Daniela Gallon Corrêa, doutoranda da UFPR, publicaram um estudo na revista Brazilian Journal of Health Review, que faz a reflexão sobre como a crise pandêmica por COVID-19 poderia estimular práticas de economia circular.

Para o professor, a pandemia acelerou as inovações da economia circular do plástico, como ocorreu com o surgimento de métodos alternativos de fabricação de EPIs para atender às demandas imediatas dos profissionais de saúde.

Corrêa pontua que a crise permitiu que “materiais antes destinados à disposição e descarte, muitas vezes de modo inapropriado, possam ser reutilizados. Nesse caso, para construção dos EPIs”. Ele também destaca a prática de reutilização das máscaras, que resultou em discussões sobre readequação dos produtos.

E, neste contexto, Harrison dá grande destaque aos polímeros que revestem as máscaras descartáveis. O uso desses materiais, que dão origem ao acrílico e ao PVC, por exemplo, é um aliado da economia circular. Afinal, o revestimento faz com que o equipamento possa ser limpo e reutilizado, além de torná-lo mais resistente.

Principais polímeros na área da saúde

Seja em bandejas de esterilização, em ventiladores e respiradores pulmonares, ou em conectores de oxigênio, o uso de polímeros na área da saúde é maciço. Ele se tornou evidente com a pandemia da COVID-19, como destacou o professor Harrison, por compor muitos equipamentos.

A seguir, destacamos os principais polímeros na área da saúde e sua possível utilização.

Polissulfona

A polissulfona, um termoplástico de alto desempenho, é o material mais utilizado do segmento médico devido à combinação de resistência química e mecânica. Esse é um polímero conhecido por sua resistência e estabilidade a altas temperaturas.

Suas características mais marcantes são a estabilidade dimensional, a resistência à temperatura, à hidrólise e à esterilização por autoclave, a capacidade de trabalho contínua para temperaturas até 180ºC e o bom isolamento elétrico, além da boa transparência.

Polimetilpenteno

As caixas de esterilização no ambiente médico-hospitalar são, basicamente, feitas de polimetilpenteno. Esse polímero possui altíssima transparência, densidade inferior à da água, e resistência à esterilização por autoclave. Ao combinar o fato de ser semi-cristalino, e ao mesmo tempo transparente, reúne duas características peculiares dentre os termoplásticos.

POLIAMIDA TRANSPARENTE

A poliamida transparente é um dos polímeros na área da saúde também utilizada em ambiente médico-hospitalar. O material possui altíssima resistência à stress-cracking. Esse termoplástico amorfo combina propriedades da poliamida 12 semi-cristalina com as de um termoplástico transparente.

Além disso, possui componentes químicos e esforços cíclicos, altíssima transparência, baixa densidade e absorção de umidade, resistência química e resistência à flexão, além de elevada temperatura de deflexão térmica. Por isso, é ideal para moldagem por injeção, o que garante peças de ótimo acabamento, estabilidade dimensional e transparência.

O uso de polímeros na área da saúde se acentuou na crise pandêmica, e o motivo é simples: a versatilidade do material facilitou sua inserção na economia circular do plástico, o que permitiu sua destinação para a fabricação de EPIs fundamentais para a segurança dos profissionais de saúde.

A crise global é, inclusive, uma oportunidade para mudar a visão do plástico na saúde!

 

Créditos: Mundo Plástico – https://mundodoplastico.plasticobrasil.com.br/oportunidades/polmeros-na-rea-da-sade-como-o-material-impacta-o-setor

Tecnologia, pesquisa e desenvolvimento em reciclagem

As novidades no setor de reciclagem não param de
aparecer. A importância do reaproveitamento de resíduos
sólidos é grande, e isso reflete diretamente nas inovações.
Máquinas, equipamentos, técnicas: tudo é objeto de
pesquisa para aprimorar ainda mais o segmento, que ainda
não explorou todo o seu potencial no Brasil.
A reciclagem gerou R$70 milhões entre 2017 e 2018. Os
dados são do primeiro Anuário da Reciclagem, elaborado pela
Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais
Recicláveis (Ancat) e parceiros. E poderia gerar mais.
Considerando este contexto, preparamos este material, com
as novidades no setor de reciclagem. Aqui, falamos
brevemente do cenário brasileiro e trazemos as inovações
ao redor do mundo. Pontuamos, também, a reciclagem de
materiais complexos, os produtos com maior índice de
reciclabilidade e as inovações de plásticos e aditivos.

Tecnologia pesquisa e desenvolvimento em reciclagem

Boa leitura!

 

Créditos: Mundo Plástico – https://mundodoplastico.plasticobrasil.com.br/especiais/tecnologia-pesquisa-e-desenvolvimento-em-reciclagem-o-que-h-de-novo-no-setor

Vendas de cimento surpreendem no primeiro semestre

Depois de 2019 registrar crescimento de 3,3% nas vendas de cimento, interrompendo uma série de quatro anos de crise, a indústria começou o ano com expectativa de aumento de 3%. No entanto, as fortes chuvas de janeiro e fevereiro frustraram o consumo, que ficou represado para março, concentrado principalmente na primeira metade do mês. Na segunda quinzena, o setor se deparou com uma queda de demanda causada pelo isolamento social e restrições de circulação. Em abril, primeiro mês cheio em plena pandemia, a indústria observou uma queda, mais amena que o previsto. A partir de maio veio a surpresa e o crescimento do setor que se estendeu a junho.

Ao final do primeiro semestre de 2020 é possível afirmar que dois fatores puxaram para cima as vendas de cimento no período: a autoconstrução (residencial e comercial) e a retomada das obras dos empreendimentos imobiliários.

Hoje, esses vetores respondem por aproximadamente 80% do consumo no país e alavancaram as vendas do insumo no mercado interno, atingindo 26,9 milhões de toneladas, um crescimento de 3,6% em relação ao primeiro semestre de 2019. Na fotografia de junho os números também foram positivos, com 5,2 milhões de toneladas, um aumento de 24,2% sobre o mesmo mês do ano passado. Ao se analisar a venda de cimento por dia útil em junho, de 228 mil toneladas, a curva também é crescente, com aumento de 7,7% sobre maio deste ano e de 16,1% em relação ao mesmo mês de 2019.

As reformas seguem em ritmo chinês há mais de dois meses, conforme demonstram indicadores de vendas de lojas de materiais de construção. Esse fenômeno tem causa: o aumento do tempo de permanência das pessoas nos lares reforçou a necessidade de pequenas melhorias nas casas, que deixaram de ser apenas um lar para se transformar num local de trabalho e lazer, e as reformas e manutenções em estabelecimentos comerciais foram executadas, aproveitando a paralisação forçada.

O outro vetor são as obras de empreendimentos imobiliários retomadas pelas construtoras, como corroboram pesquisas do setor. Há registros, inclusive, do aumento de trabalhadores nos canteiros de obras.

mostrar números cimento no Brasil no 1º semestre 2020

 

Créditos: Cimento.org – https://cimento.org/vendas-de-cimento-surpreendem-no-primeiro-semestre/



Sindirações divulga os resultados do 1.º Trimestre e projeta crescimento de 3,8% para 2020

Primeiro trimestre do ano registra produção de 18,9 milhões de toneladas de alimentação animal e crescimento de 4,3% comparado ao mesmo período do ano anterior

São Paulo, junho de 2020 – O Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), divulga os dados de encerramento do primeiro trimestre de 2020 com produção de aproximadamente 19 milhões de toneladas, registrando um incremento de quase 4,5% em relação ao mesmo período do ano passado. A expectativa é de que até o final de 2020 esse montante salte para mais de 80 milhões de toneladas, representando um crescimento de até 4 %, se comparado às estimativas de 2019.

O Brasil tem conquistado novos mercados de carne no exterior e hoje o país é um dos maiores supridores de proteína animal do mundo. A China, por exemplo, com a situação interna da carne suína, possui um déficit de 40% na proteína animal, e tenta compensar essa escassez por meio da carne brasileira. Além disso, no mercado interno, o resultado foi bom durante o primeiro trimestre sob o ponto de vista de produção e da demanda do consumidor.

Segundo Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações, “a alimentação animal resistiu decisivamente durante o 1.º trimestre. Tracionada pela demanda pecuária, a indústria de alimentação animal contabilizava significativo incremento, enquanto o otimismo contagiante, ainda em dezembro passado, justificava o prognóstico de mais um “próspero ano novo”, compartilhado inclusive pelas demais interfaces da cadeia produtiva de proteína animal que ranquearam 2019 como “extraordinário” e antecipavam um 2020 “com perspectivas ainda mais positivas”, diz.

No entanto, a natureza imprevisível do mundo revelou mais um evento aleatório, com o surgimento do improvável novo coronavírus, que passou a infectar a humanidade global indistintamente e continua arruinando praticamente todas as atividades econômicas. “Apesar disso, o Brasil segue no pódio do protagonismo nesse planeta, com comida suficiente para satisfação da humanidade, embora as adversidades globais de caráter estruturante – logística de distribuição regional, sistema geopolítico e sócio econômico de cada país – e conjuntural – autoritarismo exacerbado, corrupção generalizada, subsídios que premiam a ineficiência – continuam atribuindo o DNA da insegurança alimentar à quase um bilhão de pessoas”, analisa o CEO do Sindirações.

Zani destaca que a agropecuária do País, globalmente reconhecida como “de mercado”, conta com a retaguarda do Ministério da Agricultura, que abona oficialmente o cumprimento dos acordos firmados e, em consequência, gera segurança aos tradicionais compradores. “O Brasil tem uma invejável imagem de celeiro confiável para abastecimento, justificada por uma agropecuária fundamentada na sustentabilidade e preservação do meio ambiente, sanidade e biosseguridade dos rebanhos e granjas, e saúde do consumidor e rastreabilidade dos produtos. Tudo isso se traduz em grande vantagem para o País, na condição de exportador”, destaca.

Com relação ao período pós-pandemia, Zani é cauteloso na previsão, porém, sem deixar o otimismo de lado. “O pós-pandemia vai nos conduzir por novos caminhos e perigos ainda desconhecidos, muito embora, ignorar esses novos percursos será igualmente arriscado, se não mais perigoso ainda. Esse “novo normal” provocará razoável desconforto porque as coisas deverão ser feitas de maneira bastante diversa, outrossim, constituirá oportunidade singular para construção de economias mais inclusivas, sustentáveis e resilientes”, finaliza.

 

Créditos: Sindirações – https://sindiracoes.org.br/sindiracoes-divulga-os-resultados-do-1-o-trimestre-e-projeta-crescimento-de-38-para-2020/